quarta-feira, 17 de março de 2010

O sonho do gato

O sonho não era só do gato, como meu também.


Sempre quis tirar uma foto desse gato aí. Porque toda manhã se você passar pelo Centro de Convivência da UFRN, por volta das 10 horas pra meio dia, esse gato vai tá sempre nesta mesma posição, sonhando com todos os quadros que têm dentro do Conviv'art. Ele observa todos minuciosamente, não deixa escapar um. Talvez ele seja o próprio gato Vincent do Van Gogh, lá dos quadrinhos que li nas férias. Um dia estava passando por este lugar e encontrei um amigo meu tirando fotos dele com o gato. Ele ficava na mesma posição do gato observando os quadros. E isso virou atrativo pra muita gente parar pra ver o tão sábio gato, até o vendedor de salada de frutas estava presente. Depois de muito esperar por uma oportunidade pra registrar tudo isso, minha amiga Débora me deu essa foto autêntica do sonho do gato. Essa vai ficar bem guardadinha aqui sempre.

muito obrigada

domingo, 7 de março de 2010

"Take me out tonight
Because I want to see people
And I want to see lights
Driving in your car
Oh please don't drop me home"

mosca gigante e lagartixa ensanguentada

"Débora era minha amiga histérica, mas valia a pena aturar seu histerismo, pois quando estava com Débora, coisas aconteciam."

Uma noite, Débora estava em seu apartamento, quando uma mosca gigante conseguiu atingir o oitavo andar do Edifício Arco Íris e entrou pela janela daquele seu quartinho azul. Foram vários minutos de histeria que para ela pareciam uma eternidade. O moscão continuava atordoado se debatendo contra a janela e Débora resolveu correr até a cozinha para pegar sua arma de guerra, uma vassoura. Ela lutou bravamente contra aquela mosca gigante, mas quando ele ousava voar pra perto dela, ela corria para o corredor. Depois de muita luta, Débora finalmente conseguiu tirar aquele ser intruso do seu quarto. Ela fechou a janela para evitar que a mosca gigante retornasse, só que de repente ela encosta em algo preguentinho que se assusta e sai escalando a parede rapidamente. Era uma lagartixa! Foram mais vários minutos de histeria. Débora correu para o quarto da mãe, onde ficou bem refugiada. Lavou bem suas mãos e quando voltou para o quarto, a paz já havia se estabelecido.



Esse texto foi inspirado na historinha do livro Cobras em Compota, que eu e Débora descobrimos numa prateleira abandonada na biblioteca.

sábado, 6 de março de 2010

magricela com beringela

Eu estou muito ausente desse lugar, pois estou sem internet na minha nova casa. Mas agora que cheguei no meu verdadeiro lar, posso escrever um pouco de tudo que passei nas primeiras semanas de aula. Eu vou começar pela matéria mais diferente de todas e a mais encontadora, lógico. Antropologia Filosófica. Eu não estava acreditando muito que ia ser legal, porque passou um bom tempo pra definir um professor e como ela é destinada pra turma de Ecologia eu pensei que fossem colocar qualquer professor e a gente ia ter que aturar ele falando coisinhas bobas durante quatro horários. Pra minha surpresa não só colocaram o professor mais fofo da ufrn como também o que fala de uma forma que deixa a gente preso a cada palavra. Acho que agora irei descobrir o que é o ser :) ou não! Mas o que eu tinha pra falar das aulas era só isso mesmo. Anteontem é que foi um dia pra ser lembrado, porque eu fui comprar meu fogão e tive que dividir a mala com ele. Se eu estava achando ruim imagina o que ainda vinha por aí. Porque quando paramos no sinal, tinha um chevete na nossa frente e de repente o dono do chevete sai do carro e tira um gato que estava debaixo dele, tipo enfiado no motor. Então ele colocou o gato do outro lado da rua, na calçada. Nisso tudo, minha mae enlouqueceu e queria pegar o gato de qualquer maneira. Fizemos vários arrodeios pra voltar de novo aquela rua, por sorte o gato ainda estava no mesmo lugar. E então tive que dividir a mala agora com um gato abusadinho e um fogao. Colocamos o nome dele de Nivaldinho Abusadinho, porque ele miava o tempo todo na nossa trajetória até minha casa e também na viagem pra Joao Pessoa, que ainda não contente de tudo, resolveu fazer coco em cima do meu casaco que estava em cima de mim! Mas isso não foi nada para ele. Porque ontem ele conseguiu aprontar sua maior peripécia. Íamos sair para jantar no chinês, quando vimos Lucy enlouquecida cheirando o motor do carro. Claro que na nossa cabeça só veio uma coisa: Nivaldinho Abusadinho. Meu pai com toda sua paciência, não quis nem saber e foi logo tirando o carro pra gente ir. Só que de repente ouvimos um miado de gato. E foi nessa parte que me desesperei porque o gato poderia virar torradinho. Pegamos uma mangueira, tentamos jogar água pra assustá-lo e ver se ele saia. Nada, nem miado. Então, meu pai resolveu ir embora, contra minha opnião. Fomos para o restaurante, jantamos e quando chegamos no estacionamento, o homemzinho que cuida dos carros disse que tinha um gato miando muito no nosso carro. Foi aí que começou a confusão. Todo mundo tentando tirar o gato. E foi juntando várias pessoas. Era todo mundo querendo ver. Tinha uma mulher lá que não queria ir embora, a família chamando e ela gritando "Isso é um drama muito grande, eu tenho que ver o que vai acontecer!". Acontece que nada aconteceu, porque ninguém conseguiu tirá-lo. Daí a gente foi pra casa de vovô ver se tirava lá, só que não dá porque ele se enfiou numa parte que não tem mais como sair, a única solução é chamar um mecânico pra tirar a parte da frente do carro. É que nem quando alguém enfia a cabeça dentro de uma grade e não consegue mais tirar. E agora ele ainda está lá dentro, já é de manhã. Estamos colocando comidinhas pra ele, mas acho que só vai dar pra resolver amanhã. O final dessa história vai ficar pra outro dia.
Parte boa dessa noite: fui elogiada pelo garçom que não entende o que é tofu, por ser uma vegetariana, ele disse que também gostaria de ser mas acha difícil conseguir.

deboráá, não esqueci da sua historinha viu. há-há!